Guaratinga é uma cidade que está intimamente ligada aos primórdios do Brasil. A região onde ela se situa pertenceu à Capitania de Porto Seguro, criada pela Carta Régia de 27 de maio de 1534.
A cidade teve origem dentro de uma fazenda de propriedade da Sra. Maria da Conceição que, antes do seu falecimento, deixou em testamento sua fazenda para Nossa Senhora da Conceição, onde deveria, segundo ela, ser fundado um arraial.
Com a morte da Sra. Maria da Conceição o terreno passou a ser ocupado pelos primeiros moradores, que deram início ao cultivo de subsistência de mandioca, milho, feijão e outros cereais. Pelo fato de ser uma região limítrofe com o Estado de Minas Gerais e de suas terras serem de boa qualidade para o cultivo, algumas famílias mineiras, como as de Belizário, Gonçalves, Rodrigues, Chaves, Moura, Dias Rocha, Hortêncio, Pinheiro e Enock, se fixaram na região, o que desencadeou relativo crescimento, surgindo assim o primeiro povoado, denominado Jaquetou.
Esses pioneiros tinham como tradição econômica a criação de gado e a agricultura que praticavam era somente de subsistência. O que era produzido comercialmente era levado para ser comercializado em Porto Seguro, há 118 km de distância, e o transporte era feito em tropas, já que não haviam estradas nem veículos que servisse a cidade, exceto em emergências, que eram usados aviões de pequeno porte.
O arraial de Jaquetou prosperou muito e tornou-se povoado com o nome de Novo Horizonte. Em 1953 foi elevada a categoria de Distrito, subordinada a Porto Seguro, quando então passou a ser denominada como hoje é conhecida: Guaratinga, que na língua Tupy significa Garça Branca. No dia 31 de agosto de 1961, por força da Lei nº 1.466, foi emancipada de Porto Seguro, passando à categoria de município.