A cidade de Teixeira de Freitas não surgiu por obra do acaso. Nasceu, sim, de uma série de transformações na política do estado, do país e das rotas de comerciantes que tanto favoreceram a posição central da cidade.
Esse local onde se localiza a área urbana da cidade hoje, não passava de uma área, coberta pela floresta atlântica, matas e brejos, só possível de alcançar através de trilhas por dentre as matas ou pelos trechos navegáveis do rio Itanhém, também conhecido pela alcunha Alcobaça.
Navegar era a primeira opção dos moradores das pequenas comunidades rurais, em sua maioria negra, que habitavam a região. Na década de 1940, a fazenda Cascata ocupava uma posição central, porque ofertava meios para escoamento e abastecimento das fazendas vizinhas como a Nova América, Conceição, Água limpa, Cascata e a Japira.
Na Cascata, havia além da farinheira, a casa do proprietário Joaquim Muniz e outra mais distante próxima ao rio Itanhém. Também havia uma venda onde era possível adquirir os produtos industrializados, uma espécie de mercearia que vendia de tudo.
Mesmo tendo a população rural se fixado primeiramente às margens do Itanhém, foi nos arredores da Praça dos Leões que a cidade desabrochou. Sabemos pelos antigos moradores que anterior à década da urbanização do espaço, 1950, já existia movimento de moradores pela região, como por exemplo, na fazenda Nova América.